segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Planejando atividades com hipertexto

Atividade 06 – unidade 02
INTERTEXTUALIDADE
OBJETIVO
O objetivo dessa aula é fazer com que o aluno perceba que os textos dialogam entre si. Após leitura e interpretação dos três poemas, cada aluno produziu seu próprio “Poema de sete faces”, criando seu anjo e sua “profecia” ao nascimento do eu-lírico.

RECURSOS NECESSÁRIOS

- Data show ou retroprojetor
- Internet
- show
- giz e quadro negro

AVALIAÇÃO

A avaliação será feita a partir da interpretação de cada poema, diferenciando os tipos de anjos existente, na compreensão da intertextualidade, ou seja dos diálogos que os textos fazem entre si, além da produção escrita, na qual cada aluno criará o seu poema enfatizando o seu anjo e sua profecia.
Vamos aos poemas:

Poema de sete faces
Carlos Drummond de Andrade - De Alguma poesia (1930)

Quando nasci, um anjo torto desses que vivem na sombra disse: Vai, Carlos! ser gauche na vida.
As casas espiam os homens que correm atrás de mulheres. A tarde talvez fosse azul, não houvesse tantos desejos.
O bonde passa cheio de pernas: pernas brancas pretas amarelas. Para que tanta perna, meu Deus, pergunta meu coração. Porém meus olhos não perguntam nada.
O homem atrás do bigode é sério, simples e forte. Quase não conversa. Tem poucos, raros amigos o homem atrás dos óculos e do -bigode,
Meu Deus, por que me abandonaste se sabias que eu não era Deus se sabias que eu era fraco.
Mundo mundo vasto mundo, se eu me chamasse Raimundo seria uma rima, não seria uma solução. Mundo mundo vasto mundo, mais vasto é meu coração.
Eu não devia te dizer mas essa lua mas esse conhaque botam a gente comovido como o diabo.


Até o Fim
Chico Buarque

Quando nasci veio um anjo safadoO chato do querubimE decretou que eu estava predestinadoA ser errado assimJá de saída a minha estrada entortouMas vou até o fim"inda" garoto deixei de ir à escolaCassaram meu boletimNão sou ladrão , eu não sou bom de bolaNem posso ouvir clarimUm bom futuro é o que jamais me esperouMas vou até o fimEu bem que tenho ensaiado um progressoVirei cantor de festimMamãe contou que eu faço um bruto sucessoEm quixeramobimNão sei como o maracatu começouMas vou até o fimPor conta de umas questões paralelasQuebraram meu bandolimNão querem mais ouvir as minhas mazelasE a minha voz chinfrimCriei barriga, a minha mula empacouMas vou até o fimNão tem cigarro acabou minha rendaDeu praga no meu capimMinha mulher fugiu com o dono da vendaO que será de mim ?Eu já nem lembro "pronde" mesmo que eu vouMas vou até o fimComo já disse era um anjo safadoO chato dum querubimQue decretou que eu estava predestinadoA ser todo ruimJá de saída a minha estrada entortouMas vou até o fim

Impressões sobre experiência de navegação


HINO NACIONAL

Parte I
Ouviram do Ipiranga as margens plácidasDe um povo heróico o brado retumbante,E o sol da liberdade, em raios fúlgidos,Brilhou no céu da pátria nesse instante.
Se o penhor dessa igualdadeConseguimos conquistar com braço forte,Em teu seio, ó liberdade,Desafia o nosso peito a própria morte!
Ó Pátria amada,Idolatrada,Salve! Salve!
Brasil, um sonho intenso, um raio vívidoDe amor e de esperança à terra desce,Se em teu formoso céu, risonho e límpido,A imagem do Cruzeiro resplandece.
Gigante pela própria natureza,És belo, és forte, impávido colosso,E o teu futuro espelha essa grandeza.
Terra adorada,Entre outras mil,És tu, Brasil,Ó Pátria amada!Dos filhos deste solo és mãe gentil,Pátria amada,Brasil!

Parte II
Deitado eternamente em berço esplêndido,Ao som do mar e à luz do céu profundo,Fulguras, ó Brasil, florão da América,Iluminado ao sol do Novo Mundo!
Do que a terra, mais garrida,Teus risonhos, lindos campos têm mais flores;"Nossos bosques têm mais vida","Nossa vida" no teu seio "mais amores."
Ó Pátria amada,Idolatrada,Salve! Salve!
Brasil, de amor eterno seja símboloO lábaro que ostentas estrelado,E diga o verde-louro dessa flâmula- "Paz no futuro e glória no passado."
Mas, se ergues da justiça a clava forte,Verás que um filho teu não foge à luta,Nem teme, quem te adora, a própria morte.
Terra adorada,Entre outras mil,És tu, Brasil,Ó Pátria amada!Dos filhos deste solo és mãe gentil,Pátria amada,Brasil!
Letra: Joaquim Osório Duque Estrada Música: Francisco Manuel da Silva